Thaís Teodoro

Seja bem vindo ao meu blog! Escrever é parte da história, é ser quem você é.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017


Acordo de manhã. Olho no espelho e não sei nem quem é aquela doida que acordou com o cabelo desgrenhado. Talvez seja eu, ou com um pouco mais de arrumação chegue perto de quem eu sou. Aos poucos vou percebendo que ali no espelho não sou eu. Eu ainda tô desligada, sem pensar nos problemas, ou na rotina que o dia me reserva, e é por isso que ali não sou eu. O que eu vejo no espelho e não consigo reconhecer é a minha versão leve, sem pensamentos fixos ou sem uma agenda louca pra seguir, e é por isso que eu não me vejo ali.

A gente se acostuma a ter uma rotina. A levantar e fazer todas as coisas no automático, pensando nos afazeres do dia, se maquiando e pensando naquela solicitação urgente que precisa entregar. Mas será que a gente se entrega totalmente pra aquela pessoa, diferente da do espelho? Aquela do espelho que a gente acha louca, bagunçada e desgrenhada é quem a gente deveria valorizar. Aquela mente limpa, sem nenhum stress e nenhuma correria é que a gente deveria cultivar.

Aprendemos, com a própria vida, que devemos seguir um padrão. Que todo dia deve ser o mesmo, e que a moça que acorda pela manhã com nenhum pensamento de correria não deve ser levada a sério, afinal, quem é que consegue não pensar em nada? As vezes a gente só precisa disso, de limpar a mente e se concentrar em nada mais, nada menos, do que nós mesmos.

Dando mais uma olhada no espelho, naquela figura parada, me olhando com olhos castanhos, eu percebo mais algumas coisas. Percebi, inicialmente, que a gente tem medo de fugir do comum. Que nós nos destinamos a ser um padrão, e que não nos damos conta que a beleza tá justamente no caminha contra mão. Consegui reconhecer ali, sentada, me encarando mais uma vez, que ninguém precisa ser igual ao outro. Que nem todo mundo é da Grifinória, ainda existem Sonserina, Lufa-Lufa, Corvinal... O que eu quero dizer aqui é que: a gente não precisa ser ninguém, a gente só precisa ser a gente mesmo.

Faz o seguinte, acorda a manhã com outro astral. Eu te faço uma proposta: Acorde sem pensar no que te irritou, no que ainda pode te irritar durante o dia, só acorde e se olhe no espelho por 10 minutos. Tenta encontrar aquela pessoa que você é por essência. Tenta se encontrar no meio da rotina louca que você se perdeu. Entenda a sua singularidade. Entenda o porque você é especial, porque isso é uma certeza: você É ESPECIAL. Muitas vezes a gente não se toca do valor que tem, as pessoas precisam dizer pra que a gente se sinta seguro, amado. Mas no final da história, quantas vezes é que você se olhou e disse o quanto é bonita, o quanto é inteligente e o quanto conseguiu superar.

As nossas histórias são diferentes. Hoje eu consegui superar um pequeno obstáculo de me sentir obsoleta. O seu obstáculo é diferente, mas isso não faz com que ele seja maior ou menor que o meu. O que a gente faz com a dificuldade é que nos torna grandes ou pequenos. E entender quem você é e aonde você quer ir é que faz com que a nossa singularidade seja a nossa identidade. Se proponha a ser diferente, se proponha a trazer coisas boas pro seu mundo, larga a negatividade e se entregue pro sorriso que a vida te dá logo cedinho. Se aceite, se entenda. Você é assim, especial. Você só é. Só basta entender isso por aí.