Thaís Teodoro

Seja bem vindo ao meu blog! Escrever é parte da história, é ser quem você é.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Não vale se esconder


E se for mesmo o inatingível? Ninguém nunca se importou em perguntar se eu tenho medo de lutar pelas coisas que eu quero, e ainda mais pelas que me dizem que não vou alcançar. Sei que vou e nada é tão difícil que me faça desistir tão rápido, sempre ouvi da minha mãe que sou teimosa, e vejo que isso nunca foi defeito, na verdade me fez ter mais vontade de chegar num lugar que talvez ninguém tenha chegado. E se eu simplesmente perceber que quero aquela moda antiga de amar sem restrição, não falo só de amores que serão desperdiçados com o tempo, mas toda forma de amar. Diferente de outros tempos, ninguém nasce prometido a outro alguém, você e todo ser humano têm a liberdade de amar quem quiser, e principalmente lutar por quem acha que deve. Só que isso, o que deveria deixar as coisas mais amáveis, acabou nos deixando mais frios, mais cansados de procurar quem valha à pena.

É engraçado como ver que tem gente que acha um amor por dia, em cada dia da semana. Isso banalizou o amor de uma forma incrível, tanto quanto que já tem gente que não ama por ser mais uma modinha, e se tornou frio a ponto de ser cruel. O medo de acabar sozinho, ou pior, ser maltratado por alguém que deveria ser importante, fez com que as atitudes se tornassem cada dia mais egoísta, e talvez aquela cena de ver um filme, jogada no sofá com um balde de pipocas no Domingo seja ainda mais comum. As pessoas perderam a vontade de amar, de sentir esse amor. Porque na verdade, falar tem sido fácil, mas quantas das que falaram realmente já sentiram isso? E tudo isso por quê? Porque sentem medo de assumir o que realmente sentem ou sentiram.

Existem pessoas por ai que me enchem de vontade de pega-las pelo braço, dar uma sacudida e dizer: Ei acorda! Você tem milhões de pessoas pra descobrir qual a certa pra você, para de se fechar num mundo que não vai te levar a nada. Mas sabe o que eu faço? Olho, sorrio de lado, tento me aproximar, tento mostrar que nem todo mundo é desperdiçável, mas as pessoas já se tornaram cruéis e estão me fazendo desistir de tentar, não da pra salvar todo mundo. Sei que toda regra tem sua exceção, e o engraçado é que eu, cheia de sentimentos, tento aplicar isso como regra. Quero que todo mundo demonstre o que sinta, acho feio esconder isso como se fosse uma doença rara que te deixa verde. Esconder amor, amizade, carinho, cumplicidade e milhões de sentimentos que a gente possui pode ajudar, claro, não vou mentir que isso talvez seja a melhor solução imediata. Mas, pensando a longo prazo isso não é bom nem de longe, vale a pena perder a pessoa que você tanto deseja por um medo de parecer bobo na frente dos amiguinhos que só estão com você na balada? Quanto realmente vale chegar ao final e ver que por bobagem, por medo de falar o quanto alguém era importante você a perdeu e não tem mais ninguém do lado? O medo não ajuda, essa é a conclusão final, nada ajuda quanto demonstrar, e se a pessoa não valorizar? Poxa, há muita gente no mundo só esperando que você diga o quanto ela é importante, não deixa a chance de mostrar quem você realmente é, não perca o momento, porque depois daquele, pode ser que não existe outro e aí, você vai ter passado tempo demais escondendo quem era e nunca conhecerá quem você realmente deveria ter sido. A vida tem várias formas e a caras, a gente só precisa escolher a que melhor combina com nosso sorriso e sair por ai, sem medo de ser quem devemos ser.

terça-feira, 1 de abril de 2014

E o sentido.


Quando aconteceu, ninguém acreditava, simplesmente porque não eram convencionais, na verdade, parecia uma bomba, prestes a ruir sem nenhum aviso de tempo, ou um alerta de lugar. Aconteceu porque não fazia sentido, e só porque ninguém achava que um dia realmente iria acontecer, e foi por isso que foi durando por tanto tempo. As coisas fugiram do nosso controle quando a realidade jogou na cara que aquilo que a gente acreditava parecia não existir. Quando nos fizeram taxar um motivo, um sentido, quando falaram que deveríamos saber a forma que isso tinha, quando na verdade, o que acontecia não podia ser qualificado, adjetivado e nunca fez nenhum sentido. E era por isso que valia tanto, porque aconteceu e só.

Com a minha mania de nunca conhecer o tchau, e só saber do até logo, tem tanta coisa que ainda tá guardada, tanta coisa que ficou por aqui sem um lugar pra esconder, coisas que eu já não sei nem onde estão, mas que estão. O irônico é que pra mim, aqui dento, eu não preciso me explicar, você simplesmente permanece, mesmo com tudo que passa isso fica. E mesmo que eu já tenha me acostumado com essa presença ilustre, eu tenho não repetir isso pra mim, já que cada vez mais que eu penso, menos faz sentido tudo isso, e às vezes me irrita o quanto você é presente em cada coisa insignificante.

O engraçado é que não faço nada pra aumentar isso, muito pelo contrário, já tentei me afastar, diminuir toda essa lembrança, esquecer-me de todas as formas, mas essa história, esse sentimento parece um veneno, que corre todas as veias em busca do coração. Tentei correr, mas de alguma forma mil coisas me trazem de volta a uma ideia: você. Só ficaria feliz de um dia poder entender o porquê de eu nunca conseguir ir embora, nunca conseguir te dar tchau e ainda assim conseguir ver através de você, entender todas as suas paranoias. E se o nosso fim for recomeçar? O objetivo é estar junto, mesmo que não haja sentido, se tudo era mais fácil quando a gente só vivia, sem tentar justificar o destino, só afirmando a jornada, é só voltar a ver as coisas por esse lado. Se ninguém via um motivo nessa história, cabe a nós colocar um, mesmo que seja pra sustentar a ideia, a mentira, de que ainda somos únicos um pro outro. E que não seja hoje, se existe um desejo de que isso aconteça... Um dia qualquer vai acontecer. Um dia isso precisa fazer sentido, temos que impor esse sentido, mas sabe, não hoje, um dia talvez, ou quem sabe, só no fim da jornada.