Thaís Teodoro

Seja bem vindo ao meu blog! Escrever é parte da história, é ser quem você é.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016


E se hoje ao acordar você ganhasse um poder de escolha diferente? Ao invés de querer ou não acordar, suas possibilidades seriam de seguir a vida com a programação normal ou reiniciar todo o seu sistema, começar do zero. Na primeira escolha, você levantaria, como faz todos os dias, e sua vida seguiria como sempre foi, os mesmos caminhos e as mesmas pessoas, mas por outro lado todas as suas memórias, boas ou ruins estariam com você. Na segunda, assim como a sua rotina, sua vida seria toda formatada e você não teria direito a nenhum backup. Só sumiria, tudo, como se você nunca tivesse vivido nada, e te fosse dada a oportunidade de reconstruir.

Não sei se feliz ou infelizmente nós não temos essa escolha, tão radical assim não, mas a gente deveria acreditar que a vida nos faz essa pergunta todos os dias. Sempre que acordamos nunca paramos e pensamos um pouco na nossa saúde mental, em como estamos levando nossas vidas e principalmente as nossas escolhas. É isso que falta pra gente perceber que essa escolha de recomeçar ou simplesmente de se arrastar tá na nossa rotina todos os dias, só é mais complicado pensar nela quando a gente resolve encarar. Imagina, por dois minutos, como seria a sua vida se você, hoje, não soubesse de nada que aprendeu ao longo dos anos, e não falo de conteúdo de escola nem nada disso, falo da vida mesmo, daquele tropeço que te ensinou mil lições, bum, num passe de mágica eu não saberia mais lidar com erros. Você se apaixonaria e não conseguiria esquecer um coração partido e nem saberia lidar com a dor que aquilo traz. Teu melhor amigo te magoou e você não sabe mais nem o que é amizade direito. Valeria a pena apagar tudo que já te aconteceu por um alívio momentâneo? Valeria a pena perder as coisas boas só pra conseguir tirar da tua vida as ruins?

Agora imagine a outra cena, você acorda e, sabendo da decisão que tomou de seguir a sua rotina, resolve seguir um caminho mais florido, dar bom dia pro tio que vende balinhas na esquina e pensar naquela pessoa que cê não fala há tanto tempo. Viu só? Uma escolha que parecia ser a certa, que era recomeçar do zero, esquecer tudo, as vezes não é a melhor. Se tem uma coisa que aprendi, e não quero esquecer tão cedo, é que nada na vida precisa ser tão radical. Não é porque eu não gosto do rosa que eu sou obrigada a amar o azul, entende? As vezes a gente só quer esconder debaixo do tapete um pouquinho aquele problema pra seguir por um caminho mais florido, isso não quer dizer que ter um aparelhinho do MIB te faria feliz nesse momento. Nem tudo precisa ser sol ou chuva, tem o nublado no meio desse caminho todo. Acredito que o que mais nos define é como lidamos com o equilíbrio. É tudo sobre o que fazemos com o nosso caminho, a gente pode acreditar que o caminho das flores é mais feliz, ou se acomodar e seguir o mesmo caminho pra sempre, mesmo que você não lembre o quanto ele te machuque. Vai de você acreditar como a vida deve ser levada, mas independente da sua escolha amanhã quando cê acordar, lembre-se sempre que: Vida que segue...

domingo, 7 de agosto de 2016

ORGANIZAR


Chega uma fase da vida em que sempre penso na palavra REORGANIZAR como palavra de ordem na vida. Queria entender o porquê das coisas acontecerem assim. Eu tô lá, feliz, sorridente e do nada vem a vontade de eliminar alguns sentimentos e mais, algumas pessoas da lista de “me faz bem”. Ah, fala sério, todo mundo tem uma lista (mental) do que te faz sorrir de canto. Talvez eu tenha ficado um pouco obcecada por isso nos últimos anos, mas é normal ter algo a se prender quando a tempestade chega, e a minha é isso.

Excesso de sentimentos, excesso de pessoas e energias negativas. É isso que tem me feito mal, que tem feito com que eu acredite que nada está dando certo. Chega uma hora em que você se sente perdida num mar de coisas que não fazem mais sentido, ou então, você só vê que isso já acontece há muito mais tempo do que você queria. Se sentir perdida talvez seja normal, ainda não me entendi quanto a esse processo, mas saber das pessoas que você quer ter na vida não deveria ser tão difícil assim.

Aprendi tão bem a palavra desapegar, mas nunca soube vivenciar isso. Nunca fui de desapegar. Não importa quão ruim tenha sido o baque que causaram na minha vida, alguns minutos depois lá tá a lerda sorrindo e dando a mão pro amiguinho. Não sei ainda o quanto de mim se vai nessa brincadeira. O quanto de confiança eu deposito e que nunca volta pra mim, essa é a quantidade que me perco em cada vez que tento reorganizar a vida. Me perco aos poucos em toda esperança que tenho de ser um pouco a pessoa que vai deixar tudo que faz mal de lado, a pessoa que vai sempre acreditar no melhor. Cada vez que eu não consigo desfazer de algo que tá me machucando eu me sinto menos protegida de mim mesma. Eu tento repetir que reorganizar não é bem assim, que eu tô indo pelo caminho certo e que tentar fazer do mundo de alguém mais colorido é uma boa coisa e que isso é que me fará feliz.

Descobri que reorganizar não tem nada a ver com abandonar, muito menos desapegar. É nada mais do que colocar as coisas em seus lugares. Dar espaço no coração pra boas energias que tão chegando e deixar armazenado lá naquele bauzinho no fundinho da mente as pessoas que já se foram e que não querem, e não fazem mais questão, de voltar um dia. Afinal, todo mundo merece um espaço na sua vida se já ocuparam algum no seu dia-a-dia. Acontece. A vida é assim, nem sempre ela é cheia de coraçõezinhos, e você nunca vai saber o que realmente aconteceu com alguém que se foi. Se dê mais chances, acredite mais nas pessoas que estão na sua vida. Reorganizar é isso, é saber quantos estão aqui. Existem pessoas que mesmo de longe te observam, dê mais abertura pra aproximações. Seja feliz com quem quer caminhar com você, mesmo que seja alguém que precise mais de você do que ao contrário. E sobre os que se foram? Continue livrando nos de todo o mal Senhor.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Dá aquele jeitinho


Eu sempre fui assim. Sempre tive esse meu jeitinho. Nunca reparei muito nele, mas sei que os caminhos que tomei e as escolhas que fiz são parte desse jeitinho que sei que tenho. As vezes tenho medo dos passos que ainda vou dar, mas ao mesmo tempo me impressiono com aqueles que já dei. Entre olhar no espelho e me achar incrível e ao mesmo tempo olhar e ver que chegar lá é tão complicado tá um espaço bem menor do que eu gostaria de acreditar.

Eu não me culparia por acordar pessimista todos os dias, as coisas não vão ser sempre tranquilas e fáceis. Os dias ruins são feitos justamente pra gente ter um pouco de folga de se cobrar daquilo que nem sempre faz parte do que a gente quer ser. Ao mesmo tempo não me vanglorio por acordar certos dias otimistas, se eu não acreditar que sou capaz de ir além, quem o fará por mim? É preciso acreditar, mas também é preciso que a gente pegue uma folga, consiga respirar, pegar um ar e um fôlego novo pra que os dias complicados cheguem mais amenos. A tempestade deve ser calmaria e não bagunçar as estruturas do que acreditamos.

Não é errado querer um dia de preguiça, querer um dia cheio de amigos em volta. Errado é acreditar que tudo não passa de ilusão, que não temos direito a alegria quando coisas ruins acontecem. Se não tivermos direito de levantar aquela vela no meio da escuridão que nos cerca, nunca poderemos ver a porta no final do caos. Nunca poderemos sair disso se não acreditarmos que um dia vamos além. É necessário ser luz quando não se há saída, porque sempre, mesmo que não vejamos, há uma saída. Temos o direito de fazermos e ser quem quisermos na hora que queremos. A vida é assim, ela vai nos derrubar e as vezes nos torturar, mas fala sério, quem falou que seria fácil? Quem disse que seria algodão doce, sorrisos e unicórnios? Não há sorriso verdadeiro sem conquista. E se a vida nos derrubar e quisermos ficar lá no chão vamos ficar, a escolha é toda sua. Eu, daquele meu jeitinho, prefiro levantar, tirar a poeira do corpo e pé na estrada. O meu famoso jeitinho é esse, eu não me importo quantas vezes eu não vou ser quem eu sempre quis, contanto que eu seja alguém disposta a viver, nada mais me importa, muito menos quantas vezes eu precise correr atrás de algo ou alguém me muito me valha. O meu jeitinho é esse. Sem sustos, sem chantagens. Fica só quem realmente quer, pra quem quiser ir, siga um bom caminho e faça boa viagem. Tô aqui, e sempre estarei, pra quem realmente se importa.

domingo, 27 de março de 2016

Saber ser


Hoje acordei pedindo uma coisa diferente do que normalmente peço quando acordo. Pedi que fosse me dado paciência e sabedoria, duas coisas que antes não eram prioridades em minhas orações. As coisas se complicam na vida de uma forma que todo sentimento exagerado pode causar um grande estrago.

Pedi paciência para que soubesse aguentar as loucuras do dia a dia, os tropeços que acontecem diariamente na nossa história. Acho que comecei a entender que se nunca souber lidar com as coisas ruins que acontecem, o espaço pra coisas boas diminuem consideravelmente. É preciso que a gente saiba entender que tudo, absolutamente tudo tem um propósito e um motivo. Nunca vamos percorrer um caminho difícil se a recompensa no final da viagem não valer a pena. Nossos ombros são feitos pra segurar exatamente aquilo que vamos viver. Afinal, a vida é feita pra errar e acertar, se a gente acertar sempre, qual é a graça disso?

Pedi sabedoria pra que eu pudesse entender e aceitar tudo que acontece. Quando você é paciente pra esperar as coisas boas que vão chegar, a gente deve entender o porquê estamos passando por aquilo, afinal, não é como sempre dizem por aí: “O que não nos mata, nos fortalece”? A sabedoria é pra isso, pra saber nos moldar de acordo com aquele erro, é pra saber como nos aperfeiçoar diante dos tapas que a vida dá todos os dias na gente. Uma corrigida que a vida dá na gente não vai nos traumatizar, pelo contrário, ela vai mostrar o quanto somos fortes e o quanto ainda precisamos aprender.

Ao fim do dia eu só pedi que as coisas fossem feitas como devem ser. Eu não vou mais focar naquilo de ruim que acontece, afinal, coisas ruins e boas acontecem o tempo todo, a vida só vai marcar aquilo que eu deixar, então, porque mesmo eu devo deixar só as partes amargas na minha história? Eu só decidi, ao fim do dia, que eu posso ser além do que eu sou hoje, e isso depende só do que eu quero ser no fim do dia, do mês, do ano e da minha vida. Depende de quem eu quero ser pras pessoas que vão estar comigo e quem eu quero ser pra mim mesma. E no mais, a paciência e a sabedoria vão me guiar pra ser exatamente quem o meu destino me colocou pra ser. E ao final do dia? Vamos fazendo, porque ainda tem muitos outros por aí pra ser paciente, pra bem entender e principalmente, pra ser muito feliz.

segunda-feira, 14 de março de 2016

E começa outra vez


Um ano novo começou, e existem tantos dias pra serem vividos, tantas novas histórias esperando o destino para acontecer. Acreditar que tudo pode ser diferente é uma esperança, fazer com que tudo seja diferente é obrigação. Tantas coisas podem acontecer, só que precisam daquele empurrãozinho pra que elas se realizem, e esse empurrãozinho se chama vontade. As coisas desenrolam quando nós sabemos realmente o que queremos, quando mostramos que nascemos pra conquistar o mundo. Entre dias e dias que ainda estão por vir, teremos oportunidades únicas pra sermos diferentes. Oportunidades únicas para acreditar que podemos ser melhor e para acreditar que tudo, que até mesmo as tristezas, fazem parte de um grande todo que formam o que chegará ao final, e o que valerá, ou não, a pena.

Todo mundo tem aquele dia cinza. É só botar o pé pra fora da cama que o universo parece conspirar totalmente contra você. Uns dizem ser karma, outros chamam ainda de onda de azar. Seja lá qual for o nome, isso acontece e o que a gente precisa é saber lidar, enfrentar. Os dias ruins vão acontecer, não importa o quanto você tente evita-los. Eles são o que te faz crescer e te faz mais forte. Uma das coisas que aprendi com os meus dias ruins é que eles nunca são pra sempre. Uma hora ou outra, aquilo vai passar, alguns infernos duram um pouco mais de tempo, mas passa. Aprenda que o que vai te definir daqui pra frente é o que você escolheu fazer com aquele momento, ele pode ter sido a sua escada ou seu lamaçal escorregadio.

É preciso que saibamos entender que não são esses dias que vão definir quem nós somos, ou o que vamos fazer durante todos os dias do ano. Afinal, tudo recomeçou e porque não damos um recomeço também para os dias ruins? Podemos apagar tudo que foi considerado ruim, tudo que fez com que aquele dia perdesse um pouco da cor. Os dias, assim como as pessoas, tem dois lados e nós temos a opção de escolher qual ver. Se vemos só as coisas ruins, tudo que acontecer será ruim, nunca veremos algo bom, aquela famosa luz no fim do túnel. É preciso que nos enchamos de esperança, que a gente acredite, nem que seja só um pouquinho, que há bondade em todo mundo. Não vamos ser ingênuos, há todo tipo de gente. Há aquele que a maldade é a única coisa que aparece, mas nem sempre é o que devemos ver. Se pararmos em cada caminho ruim, nunca chegaremos ao nosso destino. É isso que faz a viagem bela, a possibilidade de escolhermos qual paisagem queremos pra cada dia de um novo ano, de uma nova história. E pra você, qual é a cena que vai escolher viver em cada dia do seu ano novo? Lembre-se: Você é responsável pela cartela de cores que vai ser a sua vida, e infelizmente, pelos fortes tons de cinza também. Basta escolher como você vai querer ser agora. Vá para casa e seja feliz. Seja a luz que você quer ver!