Thaís Teodoro

Seja bem vindo ao meu blog! Escrever é parte da história, é ser quem você é.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Tudo começa por um sorriso.


A história é sempre a mesma, o que torna cada uma diferente da outra são os detalhes. Tudo tem um começo, meio e fim, como a gente vai moldar isso é que faz o sentimento. Depois de uma história com mais fim do que meio a vontade que da é de correr pra um lugar aberto e gritar, e porque não fazer isso? Essas histórias que não nos ensinam algo talvez podem nos levar a algum lugar e isso é que é o importante. O mundo não vai te abraçar quando algo der errado então porque segurar o grito? Só manda embora toda a negatividade que isso te trouxe, seu coração não merece se prender a um fim.

Sabe quais são as historias mais bonitas de serem contadas? Aquelas que tem meio, e que nem o começo nem o fim vão interferir, todo mundo se preocupou em cuidar do meio. Eu costumo dizer que tudo na vida tem que ter entrega, você tem que ser o seu melhor todos os dias, não importa quantas vezes isso seja errado ou quanto se machuque, ninguém nunca vai esquecer alguém que foi a diferença. As pessoas escolhem perder quem elas mais admiram, e sabe porque? Porque a gente aprende a temer o que sente. Eu sempre acreditei que era autosuficiente, pra mim, eu iria sair e conquistar esse mundo sozinha, e ai de quem quisesse me ajudar, eu deveria mostrar meu valor. Daí eu resolvi que não era assim e me arrisquei a precisar de alguém, justo quando todo mundo resolveu ir na direção contrária e aprendeu a ideia louca de ser auto suficiente. Eu me sinto sozinha as vezes, e isso me enlouquece ao ponto de todas as confusões serem uma só dentro da minha cabeça. Eu não consigo viver num lugar que eu precisando de um colo vão me oferecer um sorriso amarelo e falar: isso é frescura. Pode ser frescura, mas eu tenho o direito de sentir.

Não vai ser hoje que eu vou contar a minha história cheia de meios com alguém que me abraçou e sumiu com tudo que eu temia, hoje a minha tristeza é mais uma historia que se resumiu ao fim, dramático e intenso, mas que já começou destinado a isso, e me fez temer a coisa que eu mais adorava nesse mundo, um belo sorriso de lado. Eu não to reclamando do fim, afinal, tudo deve acabar, mas e quando ele não era como vc queria? Você sai do cinema feliz quando o final te decepciona? Acho que os finais são todos assim, quando depositamos confiança de que o final vai ser espetacular a gente descobre que um spoiler podia ter sido muito melhor, evitaria todo o desgaste e ainda assim conseguiria sair com um sorriso. Entretanto, mesmo com todo medo de um sorriso de lado, eu ainda acredito que tudo deve começar por um sorriso, e que ele esteja presente em todas as, do começo ao fim, que não precisa ser o final, mas só o fim de algo que pode recomeçar. Ah os recomeços, esses tem espaço no meu coração, mas é assunto livre, que não deve ser forcado, então é assunto pra um outro dia, um dia que não seja sobre o fim e que nem se lembre dele, uma pena esse dia não ser hoje, tudo que eu queria era só um recomeço, mas cabeça erguida que ainda tem muitos meios precisando ser vividos.

domingo, 9 de novembro de 2014

Teoria Ted Mosby


Theodore Mosby é um cara normal de Nova York, se senta na mesma mesa há anos com os mesmos amigos e vive a sua vida da maneira que ele acha correta. Mas sabe o que Ted tem de diferente pra merecer uma teoria? Ele é intenso. O perfil do Ted é aquele em que não vemos todos os dias como o pegador e aquele que ta sempre com uma menina diferente. Ted é nerd, fala demais, e alguma das suas idéias de conversas legais não são vistas assim pela maioria das pessoas que ele tem que conversar. Ele é diferente dos demais caras, e isso não é visto como uma qualidade, infelizmente.

Sabe qual é o verdadeiro problema? As pessoas não estão acostumadas ou preparadas para receber um Ted em suas vidas. Nós nos acostumamos demais com as pessoas serem expostas demais, de não serem elas. Eu aprendi que muitas vezes eu não agi do jeito que eu queria, mas do jeito que as pessoas deveriam me ver, e aí está o erro. Hoje quando acordei, eu percebi que eu não vejo a vida como o Ted vê. É engraçado como uma série pode delimitar tantos sentimentos e atitudes, mas cara é a pura realidade, e ela existe. Quando eu vejo um cara fofo e que diz um eu te amo na rapidez em que uma libélula vive, eu me assusto, corro pro quarto e me escondo, no máximo finjo que aquilo nunca aconteceu e vou atrás da próxima pessoa que vai me ignorar ao máximo e que eu vou inventar mil desculpas pra continuar fingindo que ta dando certo. E sabe o que acontece quando esse carinha aí aparece? Eu demonstro o tempo todo que aquela pessoa é importante, eu corro atrás como se fosse a última coisa que eu faria na minha vida, é ai que o meu lado Ted aparece e onde a teoria começa.

As nossas atitudes são coisas tão engraçadas que a gente faz uma coisa e espera de alguém atitudes totalmente contrárias. E mais louco ainda é largar tudo que foi construído porque a pessoa não chega a metade das suas expectativas, e porque ela age de um jeito que pra você é inadmissível, o mesmo jeito que você. Aposto que todo mundo já foi atrás de alguém que jurava por tudo nesse mundo ser o amor da sua vida, a sua alma gêmea, e que nem com todos os seus amigos gritando do lado que era cilada te faziam desistir. Todo mundo já foi, ou é, um pouco assim. A gente gosta de ir atrás das coisas difíceis, não das coisas que são melhores pra nossa vida. A força de querer algo e a realidade de ter que se virar do avesso pra conseguir parecem se cruzar constantemente. E esse é o maior problema que a gente não consegue ver e nem reconhecer, precisamos ser mais firmes quanto a quem nos espera no final da linha.

A melhor parte da teoria é essa, existem pessoas que merecem que sejamos assim, que sejamos Ted, e aí devemos ter toda a coragem de ir atrás, de mostrar que queremos mesmo, mas saber reconhecer quando é o fim. É muito fácil dispensar um Ted, o problema é quando nós somos ele. E por incrível que pareça, esse problema não é um defeito, as pessoas só ainda não descobriram como desvendar isso.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Efemeridade


De um tempo pra cá venho pensando tanto no tempo que eu perdi achando que eu deveria me importar mais com os outros do que comigo. Hoje eu acordei, não que eu tenha deixado de me importar com os outros, infelizmente é uma marca que não sai tão fácil. Só que parece que as pessoas não são mais assim, se importar com o outro parece burrice, e talvez tenha se tornado. Eu perdi muito tempo da minha vida contando amores que nunca foram recíprocos, contando carinhos que nunca foram verdadeiros e esse tempo eu jamais vou recuperar, mas veio o aprendizado.

Aprendi que mesmo que mil pessoas estejam ao redor quando eu sorrio ou até mesmo quando eu choro isso não quer dizer que elas estejam de corpo e alma prontas pra realmente assumirem o meu lado. Aprendi também que mesmo que as pessoas falem coisas bonitas nem sempre o coração delas ta cheio daquilo e depois tudo pode virar um machucado. Mas de tudo isso a lição mais valiosa que eu tirei foi a de que ninguém é insubstituível. A efemeridade da vida tomou um lugar monstruoso na vida das pessoas e até o sentimento tem se tornado passageiro. Com isso eu vi pessoas que eu jamais imaginaria deixando a minha vida, e o mais engraçado, pra dar lugares a pessoas que eu nunca me vi próxima, ou dividindo a minha vida. E mesmo sabendo que eu posso ser substituída na vida de muita gente eu nunca deixei de tratar ninguém da mesma forma, pois se tem uma coisa que eu levo comigo e que nunca vou deixar mudar é que tudo, absolutamente tudo tem a intensidade que você da a ela. Se você vê um problema como o maior do mundo ele vai ser o maior do mundo, se aquilo é só uma pedrinha você vai chutar e vai passar como se nada tivesse entrado no seu caminho.

Não adianta achar que porque uma pessoa resolveu que você não é mais aquilo que ela procurava que você não vai se encaixar com mais ninguém. Essa lei natural permite que as melhores pessoas fiquem na sua vida, e aquelas que se perdem ao longo do caminho são as pessoas que iriam te atrasar, que iriam sempre te derrubar. Talvez ter descoberto antes o quanto a vida é linda sem depender de ninguém podia ter te machucado menos, mas você nunca saberia quem enfeitaria mais ainda essa caminhada. Eu não tenho medo de colocar as pessoas na minha vida, até porque me conheço e sei que elas nunca vão sair, independente da experiência que eu tenho com elas. Porque eu sou assim, eu coleciono pessoas, tudo que de bom elas me trazem e o de ruim eu tento consertar, pra ter uma imagem sempre calma e de que de qualquer jeito aquilo fez parte do que eu sou hoje, e isso, mesmo que todos sumam da minha vida, mesmo que não me reste mais nada, isso vai estar ali e eu vou saber que cada história que eu construi teve um propósito próprio, o de ser eu, de formar as mil faces do que eu me tornei hoje, o propósito de ser feliz sem achar que isso depende de algo ou alguém, o propósito de sorrir mesmo que o sorriso seja duro. O maior propósito de todo ser humando:SER.

sábado, 23 de agosto de 2014

Em primeiro lugar...


Um dia você descobre que tem que tomar uma atitude se quer realmente que a sua qualidade de vida suba. Chega a ser cômico quando você topa com alguma situação na vida em que você sabe o que te atrasa e não consegue se desprender disso. Te faz mal e todo mundo sabe disso, menos quem realmente importa: você. Talvez a gente precise nascer com um desconfiometro, ou qualquer coisa que nos faça entender que aquele sinal vale sim a frase que todo mundo te fala e você não ouve: “Isso não vai pra frente.”

Não sei se é mais fácil pra quem ta de fora, só olha e fala o que pensa, mas não sabe como é sentir aquele apego por alguém que nunca vai te fazer sorrir de lado e querer estar com você na frente de todo mundo. Se só uma das partes tem aquela animação clara, talvez seja a hora de você perceber que nesse caso o amor próprio vai valer muito mais a pena. Carinho não se pede e muito menos se implora. Quem quer te ver e te fazer feliz não vai esperar você falar. Pra essa pessoa você não precisa de um outdoor, ela simplesmente vai chegar e ver que o seu olhar e o teu sorriso vão ficar bem melhor com ela. Acho que todo mundo vez ou outra na vida meio que implorou por um amor que todo mundo já falou que não valia a pena, e só você via futuro, mas nunca passou de uma ilusão básica, que é até normal.

A chance das coisas darem erradas quando as desculpas são mais freqüentes do que beijos e abraços são bem maiores do que a gente perceber que ta entrando, mais uma vez, numa furada. Tenho certeza que todo mundo já passou por isso, pensa naquele momento em que todos os seus amigos te falam que é um passo arriscado e você pensa “não, a vida é uma maravilha, dessa vez vai dar certo” pode ter certeza que é esse o momento em que você deve respirar fundo e levar em conta que todos eles podem estar certos e você a errada, e pensa bem, se você ouvir pelo menos um pouco não vai ter todos esses problemas. Sacode a cabeça, respira fundo e pensa que você não precisa de ninguém pra ser feliz, muito menos de alguém que você precisa pedir a atenção. Quem gosta de verdade ta do seu lado, independente de quem ta perto ou não, e você não precisa pedir, só um sorriso é suficiente pra saber com quem realmente você pode contar, e aquele pessoa que não conseguimos chamar atenção não foi feito pra gente, e talvez ela não seja feito pra ninguém além dela mesma.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Entre refletir e acrescentar.


Hoje eu acordei, me olhei no espelho e vi que outra pessoa havia tomado forma em mim. Eu não me vejo mais como aquela pessoa que lamenta quando alguém se vai, hoje eu percebi que não é assim que eu quero ser, eu quero me importar quando perco alguém, mas isso não quer dizer que eu vou morrer, que meu mundo vai parar e que nada vai funcionar. Aprendi ao longo de tudo que já rolou que se não ta dando certo não é você forçando que vai mudar isso.

Acho que com isso eu vou me tornando, aos poucos, a pessoa que eu sempre quis ser. Aquela pessoa que sabe bem o quanto sentir, que não coloca intensidade onde não existe, que sabe muito bem onde ta se colocando. É assim que as coisas devem ser, entendimento é a primeira palavra pra aceitarmos ser quem devemos ser e não quem outra pessoa quer que sejamos. As vezes a teoria é muito mais simples que a vida na pratica, mas se a gente não levantar e pensar em pelo menos uma parte, nenhuma das duas vai acontecer. É mais simples pensar que a gente nasceu pra ser exatamente como sonhamos que seriamos, e ninguém pode mudar isso, mesmo que os machucados ao longo do caminho te modifiquem, seu objetivo final nunca deve ser apagado. Sempre acreditei nessa história de que se a gente quer muito algo, ou alguém, a gente deve ir atrás, demonstrar e representar até não ter mais jeito, quando toda a chance acabar ai sim você pode descansar, mas com a consciência limpa de que não fez nada.

Hoje quando eu acordei e olhei dentro dos meus olhos naquele espelho, eu pude ver alguém que se importa com as coisas que acontecem e que não acontecem, uma pessoa que ta disposta a chegar onde sempre quis, em todos os quesitos da vida. Eu sei que ninguém vai me parar, porque tudo aquilo que eu quero pra mim é bem maior do que o pessimismo de qualquer pessoa, e até maior do que os fantasmas do medo que vivem dentro de mim. Eu só sei que eu sorri, e o reflexo no espelho me sorriu de volta, não porque era automático, mas porque hoje eu consegui me desapegar da menina bobinho que aquele reflexo nunca gostou, ele sorriu de volta porque agora eu estava, e estou , pronta pra seguir em frente, pra deixar o que me prende e procurar vôos mais altos, daquele que ninguém consegue me segurar pelos pés, porque de gente que diminui eu já to cansada, a partir de hoje, só levo quem me acrescenta.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Não vale se esconder


E se for mesmo o inatingível? Ninguém nunca se importou em perguntar se eu tenho medo de lutar pelas coisas que eu quero, e ainda mais pelas que me dizem que não vou alcançar. Sei que vou e nada é tão difícil que me faça desistir tão rápido, sempre ouvi da minha mãe que sou teimosa, e vejo que isso nunca foi defeito, na verdade me fez ter mais vontade de chegar num lugar que talvez ninguém tenha chegado. E se eu simplesmente perceber que quero aquela moda antiga de amar sem restrição, não falo só de amores que serão desperdiçados com o tempo, mas toda forma de amar. Diferente de outros tempos, ninguém nasce prometido a outro alguém, você e todo ser humano têm a liberdade de amar quem quiser, e principalmente lutar por quem acha que deve. Só que isso, o que deveria deixar as coisas mais amáveis, acabou nos deixando mais frios, mais cansados de procurar quem valha à pena.

É engraçado como ver que tem gente que acha um amor por dia, em cada dia da semana. Isso banalizou o amor de uma forma incrível, tanto quanto que já tem gente que não ama por ser mais uma modinha, e se tornou frio a ponto de ser cruel. O medo de acabar sozinho, ou pior, ser maltratado por alguém que deveria ser importante, fez com que as atitudes se tornassem cada dia mais egoísta, e talvez aquela cena de ver um filme, jogada no sofá com um balde de pipocas no Domingo seja ainda mais comum. As pessoas perderam a vontade de amar, de sentir esse amor. Porque na verdade, falar tem sido fácil, mas quantas das que falaram realmente já sentiram isso? E tudo isso por quê? Porque sentem medo de assumir o que realmente sentem ou sentiram.

Existem pessoas por ai que me enchem de vontade de pega-las pelo braço, dar uma sacudida e dizer: Ei acorda! Você tem milhões de pessoas pra descobrir qual a certa pra você, para de se fechar num mundo que não vai te levar a nada. Mas sabe o que eu faço? Olho, sorrio de lado, tento me aproximar, tento mostrar que nem todo mundo é desperdiçável, mas as pessoas já se tornaram cruéis e estão me fazendo desistir de tentar, não da pra salvar todo mundo. Sei que toda regra tem sua exceção, e o engraçado é que eu, cheia de sentimentos, tento aplicar isso como regra. Quero que todo mundo demonstre o que sinta, acho feio esconder isso como se fosse uma doença rara que te deixa verde. Esconder amor, amizade, carinho, cumplicidade e milhões de sentimentos que a gente possui pode ajudar, claro, não vou mentir que isso talvez seja a melhor solução imediata. Mas, pensando a longo prazo isso não é bom nem de longe, vale a pena perder a pessoa que você tanto deseja por um medo de parecer bobo na frente dos amiguinhos que só estão com você na balada? Quanto realmente vale chegar ao final e ver que por bobagem, por medo de falar o quanto alguém era importante você a perdeu e não tem mais ninguém do lado? O medo não ajuda, essa é a conclusão final, nada ajuda quanto demonstrar, e se a pessoa não valorizar? Poxa, há muita gente no mundo só esperando que você diga o quanto ela é importante, não deixa a chance de mostrar quem você realmente é, não perca o momento, porque depois daquele, pode ser que não existe outro e aí, você vai ter passado tempo demais escondendo quem era e nunca conhecerá quem você realmente deveria ter sido. A vida tem várias formas e a caras, a gente só precisa escolher a que melhor combina com nosso sorriso e sair por ai, sem medo de ser quem devemos ser.

terça-feira, 1 de abril de 2014

E o sentido.


Quando aconteceu, ninguém acreditava, simplesmente porque não eram convencionais, na verdade, parecia uma bomba, prestes a ruir sem nenhum aviso de tempo, ou um alerta de lugar. Aconteceu porque não fazia sentido, e só porque ninguém achava que um dia realmente iria acontecer, e foi por isso que foi durando por tanto tempo. As coisas fugiram do nosso controle quando a realidade jogou na cara que aquilo que a gente acreditava parecia não existir. Quando nos fizeram taxar um motivo, um sentido, quando falaram que deveríamos saber a forma que isso tinha, quando na verdade, o que acontecia não podia ser qualificado, adjetivado e nunca fez nenhum sentido. E era por isso que valia tanto, porque aconteceu e só.

Com a minha mania de nunca conhecer o tchau, e só saber do até logo, tem tanta coisa que ainda tá guardada, tanta coisa que ficou por aqui sem um lugar pra esconder, coisas que eu já não sei nem onde estão, mas que estão. O irônico é que pra mim, aqui dento, eu não preciso me explicar, você simplesmente permanece, mesmo com tudo que passa isso fica. E mesmo que eu já tenha me acostumado com essa presença ilustre, eu tenho não repetir isso pra mim, já que cada vez mais que eu penso, menos faz sentido tudo isso, e às vezes me irrita o quanto você é presente em cada coisa insignificante.

O engraçado é que não faço nada pra aumentar isso, muito pelo contrário, já tentei me afastar, diminuir toda essa lembrança, esquecer-me de todas as formas, mas essa história, esse sentimento parece um veneno, que corre todas as veias em busca do coração. Tentei correr, mas de alguma forma mil coisas me trazem de volta a uma ideia: você. Só ficaria feliz de um dia poder entender o porquê de eu nunca conseguir ir embora, nunca conseguir te dar tchau e ainda assim conseguir ver através de você, entender todas as suas paranoias. E se o nosso fim for recomeçar? O objetivo é estar junto, mesmo que não haja sentido, se tudo era mais fácil quando a gente só vivia, sem tentar justificar o destino, só afirmando a jornada, é só voltar a ver as coisas por esse lado. Se ninguém via um motivo nessa história, cabe a nós colocar um, mesmo que seja pra sustentar a ideia, a mentira, de que ainda somos únicos um pro outro. E que não seja hoje, se existe um desejo de que isso aconteça... Um dia qualquer vai acontecer. Um dia isso precisa fazer sentido, temos que impor esse sentido, mas sabe, não hoje, um dia talvez, ou quem sabe, só no fim da jornada.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Escolhas.


Não cabe a mim me esconder dos problemas que o mundo joga na minha cara, mas eu tenho o direito e o dever de escolher como isso vai afetar e mudar a minha vida. Nada além do que você torna como verdade pra si deve te afetar ou marcar qualquer época da sua vida. Gosto de pensar que tudo sempre tem um motivo para acontecer, se não deu certo, olhe pelo lado positivo, é melhor estar sozinha do que com uma companhia que não vale tudo isso, e aprendi que isso não é só um velho ditado, acontece com mais frequência do que se imagina. Cabe a mim, e só a mim, delegar a importância que cada tragédia tem naquela fase emocionante, ou nem tanto, da minha vida. Pode ser um teste, o destino tem dessas de querer ver até onde vamos, e o quanto batalhamos pelo que queremos, e tá mais do que na hora de mostrar a que viemos. Que nada é fácil, e o difícil é o que realmente vale a pena.

Nem tudo na vida é 8 ou 80, existem decimais, frações e muita coisa no meio dos extremos que a gente acha que vai nos matar. É complicado não pensar que tudo machuca, é claro que isso é impossível não sentir, mas guardar mágoas vai realmente mudar o que aconteceu? A mágoa só faz com que a gente reviva cada decisão mal feita, cada pessoa que colocamos pra dentro da nossa vida e que no fim não valiam ter ocupado nem o sofá da sala de estar. O que acontece é que nem sempre as pessoas que vão nos machucar vem com um rótulo, pelo contrário, elas vem acompanhada de uma bula que indica que tá tudo certo e que você vai se dar bem, mas no final é como uma reação alérgica, inesperada, dolorida e talvez inexplicável. As pessoas são assim, acostume se, em um dia querem sair por ai sorrindo, mostrando ao mundo que tudo é lindo e que a vida é maravilhosa, no outro se esquecem de quem são e se vestem de mau humor, esquecendo que nada, e ninguém impedem a nossa felicidade. A gente deve aprender a beleza de sorrir por conta própria, o encanto de se colocar em primeiro lugar, a magia de não precisar de ninguém pra saber o quanto valemos e que isso acontece. Não é papo de tia encalhada, é papo de quem não consegue muitas vezes se colocar em primeiro. Quantas vezes uma decepção se tornou maior que a minha esperança? E não só em relação amorosa, até em amizade chega uma hora que a respiração complica.

Hoje eu acordei com esse brilho diferente, essa vontade de despejar esse turbilhão de sentimentos malucos que eu sou, e que talvez alguém possa saber o que faça com isso, ou até entender o que tá acontecendo, porque eu sinceramente estou à beira de desistir. Mesmo com cada um desses sentimentos brincando de Tekken dentro de mim, eu resolvi que hoje não é dia de ficar triste, é dia de pensar sim, mas não de colocar as decepções no pote maior. Eu sou mais que uma decepção, além do que, em menos de uma semana essa só vai ser mais uma das que eu vou encarar, e quem sabe quando um novo sorriso aparecer de mansinho, ela vai ser só uma lembrança, que nem dói mais, apenas existe, sem deixar marcas, sem deixar sinal de que um dia foi alguma coisa. Simplesmente me liberto de qualquer sentimento ruim, porque eu não mereço alguém/algo que me faça mal, eu sou mais que um smile triste, eu sou feliz, sou sensível e dramática, mas acima de tudo, eu sei o que me completa, e pode ter certeza, vou alcançar mais rápido do que imaginam. Só fiquem olhando, um dia eu vou ser mais do que a imaginação já foi. Talvez, até já sou, só tem que me ver do jeito certo, um jeito que nem eu sei decifrar ainda.

terça-feira, 11 de março de 2014


Talvez eu seja mais uma que acorda e quer tirar algo da cabeça, do coração e da vida. Pode ser que eu seja uma das milhões que precisam disso para se libertar. E sabe por que acho que sou só mais uma assim? Porque diferente da que acorda sabendo o que quer e como pode ser, eu tenho medo de arriscar o pé sabendo que posso perde ló, e isso me faz recuar de um modo que já não sei se é isso que eu quero. Eu vivo de um sentimento que ainda não tem definição, eu sinto encantos, o meu mundo aprende a sorrir com coisas pequenas e bestas, e talvez o meu coração sempre vá bater mais forte por qualquer sinal de uma lembrança sua.

Nem lembrava mais como era pensar tanto antes de dormir, muito menos sentir esse frio na barriga de não ser simplesmente nada. Acho que já cansei de tanto alarme falso. O problema é que sempre parece ser o certo. Um jeitinho manso de falar, poucas palavras bonitas foram suficientes, e hoje aquele discurso tão fofo e encantador parece mais uma farsa copiado de livros bobos de romance, onde a mocinha sempre acredita em cada palavra, talvez eu não seja tão diferente assim dela, só que uma diferença sei apontar, eu não sei aonde esse discurso velho e copiado quer chegar, eu apenas consigo observar.

Uma das ideias que sempre gostei de ter pra mim era de que sempre foi melhor não criar expectativas, assim tudo o que fosse acontecer seria uma surpresa, e o que não acontecesse não seria uma decepção. Mas, o destino como sempre gosta de pregar peças e brincar, e me jogou na cara essa tese, eu que pensei que tudo poderia ter sido uma coisa especial e até única, não passou de um lance legalzinho. E no fundo, me mostrou que as suas boas intenções acabaram escondendo a sua cara de vilão, não sei por que, sempre soube que gostava dos vilões, acho que esse foi o erro, entregar o ouro sobre gostar de pessoas que não se decidem. E hoje isso parece não fazer o menor sentido, nem começo, nem meio e muito menos o fim. Eu gosto de pensar que eu, apenas eu, me enganei, foi um equívoco, que esses planos que cheguei a pensar foram frutos da minha cabeça, porque pensar que você foi capaz de esconder quem era por um nada é mais complicado do que eu posso entender. Engraçado, você chegou aqui, fez uma bagunça danada, sorriu e foi embora com a cara lavada, demonstrando um dever cumprido. E agora, sabe o que acontece? Eu consigo te ver assim, cada dia mais distante de mim. Inclusive com essa cara lavada de não valer nada que tanto me aproxima.

E por favor, não me encha de adjetivos, isso só vai parecer que você tem pena de tudo que fez e que tá tentando amenizar, como quando a gente vê um cachorrinho lindo e não pode adotar, enchemos de “ah, que fofinho”, “que coisinha linda”, sempre acompanhados do “inho/inha” e um adjetivo que se torna feio. No final de tudo, eu nem precisava de alguém como você aqui mesmo, só ia fazer uma bagunça ainda maior, e isso já sou, obrigada. As coisas simplesmente acontecem, e não há nada que pare isso. Já foi ou já é. Assim são as coisas hoje, não tem essa de não sei, cada um sabe o que é pro outro, e não há nada que mude isso.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Desconhecido


O medo de se arriscar toma conta de cada fio de cabelo diante de uma decisão difícil, e talvez isso é o que torna de fato as melhores ou piores escolhas que você faz na vida. Cada dia ao acordar fazemos uma escolha, seguir em frente ou simplesmente ficar deitada, quando escolhemos nos levantar e encarar a vida, a primeira coisa a se fazer é colocar os pés no chão, e nunca sabemos o que esperar. Do momento em que nossos pés saem da cama e percorre um caminho até o chão, não sabemos o que tem nesse caminho, não sabemos o que os nossos pés vão encontrar ao final, temos a ideia de que seja o chão, mas pode haver obstáculos e não diretamente o chão. É uma péssima comparação, mas acho que cada vez que resolvo me aventurar numa história nova e que não conheço, sei que é assim que eu me sinto.

Talvez as escolhas não sejam tão fáceis, mas isso não quer dizer que não gere um bem maior ao final, e nem que a boa escolha seja realmente tão boa ao final, é complicado fazer escolhas com base em uma ideia, expectativas nem sempre são correspondidas. É preciso mais do que coragem pra encarar uma história que você não faz ideia de onde começou e de onde pode parar, é preciso fé, porque se não acreditarmos que aquela lá é realmente o que queremos pra nossa vida, quem mais poderá acreditar nisso? O desconhecido não é tão ruim quanto parece, é uma ótima oportunidade pra testar seus limites e a capacidade de se aproximar ou afastar diante de qualquer reação. Eu nunca parei pra pensar como eu encarava essas histórias, logo fui percebendo que tenho medo de colocar os dois pés no chão, isso porque os obstáculos que já encontrei deixaram marcas que não podem ser simplesmente esquecidas. Mas, quando olho pra algo novo tento me adaptar como se precisasse daquilo, e posso dizer que isso me deixa quase sempre feliz, não crio expectativas e essa é a parte importante. Eu descobri que a gente deve deixar o desconhecido acontecer, simplesmente deixa se for pra ser eu tenho certeza de que não importa o que houver vai acontecer. Forçar as coisas que a vida jogou na sua cara que não são pra você vão gerar expectativas que com muita dificuldade se realizarão. A vida entende as suas escolhas, e ela tem o poder de julgar o quão adiante você vai com ela.

O desconhecido pode ser bom, só precisa de alguém disposto a encara-lo, de preferência, sem criar grandes expectativas, simplesmente acredite que a vida pode ser melhor que isso, e assim cada coisa nova que aparecer diante desse “não sei o que fazer” será uma surpresa, e uma coisa é certa, surpresas são muito melhores e mais fáceis de lidar do que grandes decepções. Só deixe as coisas acontecerem, se for pra você, pode esperar que a vida vai dar um jeito de te mandar, não importa o quão desconhecido seja, só devemos estar dispostos a colocar os pés no chão, mesmo que precise espantar um pouco dos obstáculos e passar por eles, mostrando que os nossos pés conseguem alcançar o chão com mais facilidade do que desistir com os obstáculos.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Reencontros.


O começo de tudo é uma folha em branco, não só dos textos, mas da história que foi escrita aos poucos, e de um jeito que certamente não era exatamente o que cada um queria pra si. O destino é um grande viciado em jogo, que não deixa a gente se livrar dessa eterna brincadeira de ir e voltar, de esquecer e nunca deixar. Existe uma coisa, muitos chamam de lei da natureza, outros de karma, eu só a vejo como a famosa Lei da Ação e Reação, tudo que a gente faz vai voltar, e seria estranho se não fosse assim, visto que tudo deve ser fruto do que idealizamos pra nós. As pessoas que estão na nossa vida foram justamente aquelas que escolhemos pra que o futuro não fosse tão difícil.

Eu tenho uma terrível mania de nunca conseguir me desfazer de pessoas, histórias e memórias que fazem ou fizeram parte da minha vida, é estranho manter coisas que machucaram, mas ao mesmo tempo é maravilhoso não me esquecer das coisas tão boas que aconteceram. Essa vontade é mais do que uma simples saudade, é um querer, é vontade, é sentir falta de algo que talvez nunca tenha estado de fato aqui. E esse brincalhão que é o destino faz com que eu nunca tire da cabeça, não esqueça de pessoas que eu já deveria ter deixado, e que nem eu sei porque nunca deixei. Com uma dessas pessoas eu aprendi muita coisa, inclusive que se fechar no nosso mundo nada vai dar certo, nada que eu digo é você conseguir ter alguém especial do seu lado. Ver a vida de um jeito isolado pode fazer com que você não se machuque, mas pode ser que por isso você nunca conheça a pessoa mais especial da sua vida.

E consegui descobrir que o nosso amigo destino, monta o quebra cabeças de acordo com a nossa necessidade, ele coloca e tira pessoas como um grande jogador de xadrez escolhe sabiamente suas peças pra que no final o jogo seja mais do que um xeque-mate simples. Talvez ele tenha montado um grande tabuleiro pra nossa vida, cruzando e remontando as partes dos tombos pra que saiamos dele sabendo o que aconteceu e o que vai ser dali pra frente. Os reencontros são uma maneira de dizer que nada deve ser esquecido, que nunca é apenas mais uma palavra boba do dicionário, e que todo mundo pode te ensinar alguma coisa. Reencontrar é legal, e talvez o motivo seja esse, colocar alguém que a sua vida precisa naquele momento, alguém que você sempre precisou e nunca teve coragem de chamar. E isso é o famoso sentir falta, é precisar de alguém, só pelo sorriso, só por estar e por querer conhecer a mesma pessoa mesmo já sabendo de tudo que vai acontecer, é simplesmente se lembrar das coisas boas.