Thaís Teodoro

Seja bem vindo ao meu blog! Escrever é parte da história, é ser quem você é.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Despertar.


Parar para se analisar pode ser uma ótima ideia pra uma tarde que você não tem nada para fazer, ou até quando tem e nada parece fazer sentido. Hoje comecei a fazer isso, não detalhadamente porque não quero acabar louca no final do dia, e sei que isso facilmente aconteceria. Eu fico me imaginando sentada no sofá da sala, vendo televisão e a minha vida que tá passando tão diferente do que eu já programei um dia, talvez seja porque se programar não é o que eu sei fazer. Enfim, aquela tela me mostram pessoas desconhecidas, mas das quais sei mais da vida do que aquelas que julgo conhecer, tal artista que se casou e separou se de um marido logo cedo, mas e aquela minha vizinha que passava todos os dias sorrindo, eu sei o que houve com ela? Não, aliás, nem sei cadê ela.

E foi o que eu mais percebi com todo esse estudo sobre como estou conduzindo a minha vida e como vejo muita gente seguir do mesmo jeito. O perto deixou de ser aquele do lado e passou a ser definido por afinidades, não é errado, mas talvez perder um pouco da essência de se interessar pelo diferente pode acabar fazendo com que percamos a oportunidade de conhecer pessoas fantásticas, e que por incrível que pareça não pense como nós e nem fala isso para nos arrancar um sorriso. O que eu vejo nas pessoas é que falta o bom senso, a vontade de ser quem realmente é. O medo tá afastando todo mundo daquela relação boa de sorrir na porta de casa jogando conversa fora com uma ou duas pessoas, talvez o medo de não saber mais o que é confiança esteja nos afastando de quem somos.

Eu sou chorona, dramática e tudo mais, não suporto ver ninguém indo embora da minha vida, por mais que tenha me feito mal eu me apego e não consigo me desapegar de tudo que aconteceu, pode ser que seja um defeito, mas também tem qualidade, é com isso que eu mantenho a minha confiança de que realmente tudo pode, um dia, dar certo. Não sei se vai ser tudo do jeito que eu quero, até acho difícil isso acontecer, mas só de acontecer é o que todo mundo deveria ficar feliz. Eu sou daquele tempo em que a gente ria falando de qualquer folhinha que caia, que a gente não queria só a presença em um celular ou computador e que as pessoas se conheciam mais, talvez hoje a vida da celebridade é mais importante do que a do meu colega, porque eu não sei das dificuldades, só vejo aquilo que a tela quer me mostrar e é o que se torna agradável pra mim, não preciso ouvir, só vejo e acompanho a vida glamurosa.

Acho que hoje o olhar próximo se perdeu, a gente só vê aquilo que tá longe e é fácil pra mim, não consigo mais lidar com aquele amigo que tá cheio de problema, prefiro ver a novela, o mocinho é mais legal. As pessoas viram que solucionar os problemas dos outros, viver uma outra vida que é bem melhor que a minha pode ser melhor do que ter que ir correr atrás de alguém importante que se foi, e é isso que a gente precisa analisar e refletir, vale a pena deixar alguém que tanto gosta de você por algo que nunca vai ser a diferença na sua vida? Hoje eu aprendi a procurar o que me satisfaz, o que me faz sorrir. Não deixo de ver televisão e me divertir com as histórias loucas dos personagens malucos, mas procuro ir atrás desse tipo de personagem na minha vida também, porque quando a história acabar eu quero me lembrar de como aprendi, mudei e conheci pessoas com opiniões tão diferentes da minha e que sabiam me fazer bem mesmo na discordância. É isso que se torna história no final, até mesmo quando se acabam os roteiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário