Thaís Teodoro

Seja bem vindo ao meu blog! Escrever é parte da história, é ser quem você é.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Que venha o novo


Chegou a famosa hora do recomeço. Novas histórias já batem a porta e a vontade de fazer tudo diferente faz com que a ilusão de reorganização preencha nossa vida. Parece que a necessidade de se renovar por inteiro a cada ciclo que passa faz com que as nossas memórias não sejam tão valorizadas, e parece também que não temos histórias boas do que passou.

Pra mim, o último ciclo trouxe novos jeitos de encarar a vida, novas experiências e descobertas. E isso não parece tão ruim quando a gente vê tudo como um grande aprendizado. Numa dessas voltas que o mundo dá, ele me fez perceber que nem sempre a gente precisa reorganizar prioridades e rever toda a história da vida quando o ciclo chega ao fim. A gente só precisa aprender a se despedir das coisas antes que elas tomem a nossa cabeça, e tudo o que a gente sonha pra daqui pra frente.

Sempre acreditei que ao longo do ano coisas poderiam ser deixadas de lado e que poderiam simplesmente ficar por aqui, sem percas. Hoje, depois de tudo, parece que as coisas não são bem assim, e histórias precisam seguir um curso: começo, meio e fim. Só que o fim, nem sempre precisa ser memorável. Ele só precisa acontecer na hora certa, pra que nenhum assunto te faça perder o sossego nesse recomeço.

A gente consegue aprender com os tropeços também, e descobri que ao invés de reorganizar, a palavra desse ano pode ser livramento. É que depois de tanto tempo reorganizando, talvez tenha entendido que a gente não precisa segurar todo mundo do nosso lado, as pessoas também precisam ir e isso não é ruim, ou não precisa ser tão ruim. Todo esse tempo a gente é feito de vai e volta. Alguns chegam e outros vão, mas se a gente não se desprender de verdade, alguns lugares vão estar ocupados simplesmente das nossas ilusões ou das nossas vontades, que talvez nunca aconteçam. Então, uma das coisas mais importantes é realmente saber quem você quer levar, quem é que vai fazer com que o seu novo ciclo seja, de verdade, um novo nível. Não adianta a gente insistir em barcos que já foram furados, a gente tem que largar essa mania besta de insistir em quem não quer ser insistido.

Depois de muito pressionando uma reorganização na vida, consegui enxergar que nem todo mundo quer uma nova posição, mas podem talvez querer uma nova história, uma jornada nova lá em outros lugares, que por ironia do destino, podem ser longe do nosso caminho, e não é errado pensar assim, coisas mudam, como dizem por aí: o mundo gira.

Hoje, mais uma vez, eu recomeço, não reorganizando, mas sabendo de tudo que eu deixei aqui das coisas que eu pretendo trazer e daquelas que quero que morram por aqui também. Um novo ciclo, uma nova volta, começa agora, e eu não posso ser cega e fingir que nada mudou, as coisas mudaram e elas tem uma carinha nova, que talvez seja a melhor de todas elas. Eu não preciso trazer sentimentos ruins, eles me ensinaram, mas podem ficar por aqui. De agora em diante, eu tento levar só coisas boas, porque elas é que vão fazer o meu ano ser do jeitinho que eu preciso. Seja com novas, ou até velhas histórias, elas só precisam fazer sentido. No mais, cada um com o seu tempo, as coisas vão sendo importante, ou não. Mas no fim de tudo, as coisas vão pra algum lugar, e é melhor quando esse lugar tem gente que te faz bem, só isso que eu peço: bons sentimentos, boas lembranças, bons amores e boas risadas, e porque não boas pessoas? Mas que elas fiquem e que mais do que isso, queiram ficar.

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