Mais uma vez a insegurança de viver sozinha, a calmaria a qual não estou acostumada me prega uma peça, e olhando pro lado me vejo cada vez mais excluída e deixada de lado. O estranho não é sentir e sim sentir isso no meio do nada, quando tudo e todos estão ainda mais longe, e sentir que mesmo rodeada de pessoas conversando você é sempre aquela que não entende nada, não sabe dar conselhos e muito menos se interessa por isso. Talvez as minhas escolhas me trouxeram aqui, mas uma vez na vida elas poderiam me ajudar a ser alguém melhor. Não posso mudar o que eu sou, isso é a minha essência o que eu acredito ser verdade daqui até o fim, eu só queria que não fosse tão prestativo. O meu eu não consegue acompanhar a evolução de uma sociedade que se torna egoísta, e cada vez mais me dou em prol de algo que nunca receberia de volta. Talvez esse seja o caminho? Cair, levantar sempre pensando no outro e nunca com a minha dor... Não sei pra que esse coração insiste em ser assim, quem muito espera sempre se decepciona, a lei de agora é essa, mas eu não me acostumo. Ainda penso no quanto delicado é passar uma tarde vendo filmes com alguém pra curar alguma dor, e se isso não passar aquele velho colo que eu mais sinto falta. O mundo mudou, até os contos de fadas se mostraram diferentes da tamanha perfeição do que o mundo já conseguiu atingir... Nem de longe as coisas são fáceis, o duro é se acostumar com os trancos que a vida nos dá. Tá tudo distante da velha e conhecida cronologia de conhecer, sofrer e ser feliz. É hora de mexer no seu roteiro, na sua história, no seu modo de ver o mundo. Talvez você esteja escolhendo os protagonistas errados, e aquele coadjuvante pode ser a maior estrela, ou talvez aquela que você já vinha procurando ha algum tempo. Nada acontece por acaso, ninguém aparece por acaso. Usando mais um clichê, a maior arma é ao mesmo tempo a maior fraqueza que possuimos, o AMOR, o ALTRUISMO. Aos poucos tudo vai se ajeitando, e um dia cansado de tanto sofrer e salvar a vida de quem não merece o coração aprende a ser moderno, a ser mais na dele.
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