Todo dia eu encontro em mim uma força que eu não sabia que existia. Sejam nos mais variados desafios, eu me vejo forte em cada vez que tenho que recomeçar, cada vez que tenho que me impor a sair da minha zona de conforto e quando eu tenho que simplesmente deixar pra lá. Recomeçar é tão doloroso, mas ao mesmo tempo é refrescante, ter tudo ali, de novo, do zero, como se nada tivesse sido tão ruim, ou tão bom, simplesmente uma nova chance de ser tudo o que vc não foi. Sair da zona de conforto deveria ser obrigatório, ninguém cresce quando é o mesmo de sempre pra sempre. E tem lá a sua beleza em se doer pra ser um outro alguém novo, mas isso não quer dizer que você tenha que fingir ser outra pessoa, a sua zona de conforto pode ter te parado e não tirado de você nem metade do que é e do que pode alcançar, as vezes isso é só um limite que a gente cria, e que nem existe.
O meu ponto mais fraco, acho que seria deixar pra lá. Eu nunca sei qual o momento de simplesmente tomar outro rumo, seguir o meu caminho sem que ninguém interfira. Os caminhos que a gente escolhe são os mais difíceis de enxergar que não vão a lugar nenhum. Tanto tempo gasto, tantos quilômetros rodados e simplesmente um beco sem saída. Vê se não é a coisa mais frustrante? Mas não deveria. Tudo ensina, tudo constrói quem você é, quem você vai ser e quem você deveria ser. A gente só tem que aprender que deixar pra lá não é desistir, é simplesmente precisar olhar mais pra quem a gente não olhou: nós. Tem hora que não dá mais, o caminho acabou.
Quanta força menina, de ver que aquilo não te serve mais, e pelo contrário, te machuca. Te faz ser a pessoa que você não é. Voce busca caminhos que não são os seus, e você precisava só de uma coisa: olhar pra você, seguir o seu caminho. Entende que as vezes se priorizar não é egoísmo, mas sim uma maneira de se encontrar? E que força você tem de sair daí, de não achar que tudo é errado, mas de acreditar que você vai pra frente e que precisa se reinventar. E que força você tem pra isso. Ao final a parte mais importante é não se deixar pra lá. Sair daquilo que não mostra o potencial do que você é, do que nós somos. Nós somos uma caixinha complicada, cheia de crenças e que devia acreditar mais no que a gente quer fazer. Ninguém dita as regras além de nós mesmos. Você faz o seu caminho, você refaz se for preciso. Mas sempre é você. Confie, o seu caminho é todo seu, faça ele do jeito que achar melhor, e mais divertido. É tudo que você tem.
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